Trabalho sob pressão: 3 formas de lidar no dia a dia

O trabalho sob pressão é uma das maiores queixas dos colaboradores hoje em dia. “Trabalho” vem do latim tripalium (três paus) que era um instrumento de tortura para forçar escravos a aumentar a produção (tripaliare = tortura). Muitas pessoas ainda passam seus meses e anos no tripalium moderno, sonhando com o dia em que conquistarão o nirvana profissional e ganharão o dinheiro se divertindo, pois estarão trabalhando com o que amam. Mas esse conceito, quando aplicado na realidade de um dia a dia de trabalho sob pressão fica dificil de ser alcançado.

Não se iluda, trabalho sob pressão é normal!

Muitas pessoas caem no conto de queQuando eu encontrar um trabalho pelo qual me apaixone, toda a minha energia, esforço e dedicação serão liberados.

Sinto muito, mas se você pensa assim, está se escondendo do seu futuro profissional.

Nada será bom o suficiente para ganhar sua paixão até você acumular bagagem suficiente para avaliar, fazer escolhas, criar algo novo.

Mudando a mentalidade, você pode reformular a expectativa:

“Me dê uma chance de contribuir e vou trabalhar com energia e foco e, assim que ver resultado, ficarei apaixonado por isso, ou encontrarei um caminho para a paixão.”

O trabalho antes da paixão mede nosso ofício em termos de contribuição, não em um modelo idealizado de perfeição. A paixão vem de sentir-se necessário, de se aproximar do domínio das técnicas e do assunto, vem de fazer o trabalho que importa, que gera reconhecimento. Mesmo nos casos em que se trabalha por necessidade em uma função ou segmento que não é sua paixão, esta experiência vai contribuir para seu planejamento futuro, seja em termos financeiros e como visão de negócios, produção e gestão.

O Mantra de se apaixonar por um trabalho e ir diretamente para o este mundo maravilhoso é superdimensionado e em raríssimos casos ele acontece. Como tudo na vida, há um caminho e muito aprendizado no processo.

Produtividade – Talvez você ainda a veja como na época da tortura

Medir a produtividade pelo número de horas trabalhadas ou registros de entrada e saída é a melhor forma de se iludir. O número de horas trabalhadas não significa produtividade.

No século 20 o trabalho era medido no estilo “linha de montagem”, cada trabalhador fazia sempre a mesma coisa, normalmente trabalho manual repetitivo, logo, a produtividade era medida em horas trabalhadas.

Mesmo com o trabalho e as profissões mudando radicalmente, importamos, sem refletir, esse modelo de medição de produtividade que acaba criando ambientes de trabalho bem distantes da paixão. Com a junção de uma produtividade insisiva e o trabalho sob pressão, pode-se ter muitos problemas de saúde mental e comporal.

Dormir pouco e falar com certo orgulho que não tem tempo pra nada, que precisa de um dia de 48 horas, é bem século 20.

O trabalho intelectual e criativo e funções de gestão e desenvolvimento necessitam períodos de fluxo e foco que são impossíveis para um ser humano manter por 8 horas a fio. Se o fizer, incorrerá em erros que só serão percebidos mais tarde.

O primeiro passo para gerir a produtividade é analisar e monitorar o ambiente e as atividade de cada membro da equipe. Talvez seja necessário também avaliar o desempenho dos computadores e verificar se podem ser feitos remanejamentos de acordo com a configuração, evitando compras desnecessárias.

Com esses dados a gestão de tempo e de recursos começa a ganhar corpo. Uma avaliação mais profunda do desempenho dos funcionários fornecerá informações essenciais para tomadas de decisões estratégicas.

Entender as expectativas de cada colaborador colocará toda a equipe no caminho para encontrar paixões e desenvolver competências. Mantenha essas práticas:

  • Divulgue amplamente a missão e o objetivo da empresa e de cada equipe;
  • Forneça e solicite feedback imediato para correções de percurso;
  • Defina o resultados realistas para cada departamento;
  • Crie métricas apropriadas para que cada colaborador contribua com a missão da empresa;
  • Meça e documente os resultados em intervalos adequados de cada departamento (diariamente, semanalmente, mensalmente, etc.);
  • Divulgue amplamente essas informações.
“Escolha um trabalho que ama e nunca trabalhará um único dia em sua vida.”

Sinto muito, mas não é bem assim. É uma frase bem-intencionada, mas pouco realista. Mesmo fazendo o que se ama não nos livraremos das frustrações, dos erros, do desânimo e do esgotamento no final do dia. É normal, às vezes, detestar o que se ama. O que não pode ser normal é passar a vida detestando o que fazemos todos os dias.

Sabemos que o trabalho sob pressão pode deixar você muito estressado e incomodado com o seu trabalho, por isso uma dica para trabalhar em equilíbrio entre momentos de fluxo e pausas revigorantes é a técnica pomodoro.

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